QUANDO NOS TORNAMOS ILUMINADOS,
HÁ A REALIZAÇÃO SIMULTÂNEA DOS TRÊS CORPOS OU ASPECTOS BÚDICOS
A divisão em três corpos ou aspectos “kayas”:
- O corpo da verdade ou dharmakaya, é a mente ilimitada e desobstruída de um ser iluminado, e, a realização do próprio propósito devido o alcance de qualidades insuperáveis da mente.
- O corpo de fruição (prazer) ou sambhogakaya é um nível no qual o dharmakaya se manifesta para beneficiar os outros, e, a manifestação espontânea Búdica numa forma com a qual somente seres altamente realizados (Bodhisattvas) podem se relacionar.
- O corpo de emanação ou nirmanakaya, é também um nível no qual o dharmakaya se manifesta para beneficiar os outros, e, a manifestação espontânea Búdica numa forma com a qual seres não iluminados podem se relacionar.
– Se a divisão for feita apenas em dois corpos ou aspectos “kayas”, então são: dharmakaya e rupakaya. O primeiro é para a realização do próprio benefício e o rupakaya é para realizar o benefício dos outros.
– Se a divisão for feita em quatro corpos ou aspectos “kayas”, então são: svabavikakaya, dharmakaya, sambhogakaya e nirmanakaya. Os dois primeiros são para a realização do próprio benefício, porque o svabavikakaya é a natureza vazia ou a pureza essencial da mente do aspecto da verdade búdica ou dharmakaya. Os dois últimos são para realizar o benefício dos outros.
Há também um quinto corpo aspecto “kaya”, o gyanakaya, a mente onisciente Búdica (de um Buddha), que é o aspecto da sabedoria do corpo da verdade ou dharmakaya.
Como explica o Dalai Lama e outros mestres, a pessoa alcança o rupakaya [ou o corpo de benefício dos outros] por meio da acumulação de méritos, e se alcança o dharmakaya [ou o corpo para o próprio benefício] por meio da acumulação da sabedoria transcendente, ou seja, da sabedoria que realiza (diretamente) a vaziedade.
Se a pessoa realiza somente a sabedoria transcendente, ela “transcende” os sofrimentos, alcança o nirvana, comumente dito liberação. Isso quer dizer, liberação dos sofrimentos, mas ainda não é a iluminação suprema, pois para alcançar a iluminação suprema, precisa-se do método que é relacionado a bodhicitta, a “grande” compaixão.
Por isso que o Dalai Lama, em seus ensinamentos, insiste que pratiquemos a sabedoria que compreende a vaziedade combinada com a bodhicitta assim com ele mesmo o faz.
Compilação por Bia Bispo baseado nos ensinamentos do Dalai Lama e outros Mestres da L.T.W.A.